19 novembro 2010

Já nem em Garcia Pereira podemos confiar.

Ele há coisas que os portugueses sempre consideraram garantidas:
- a morte
- os impostos
- o esbanjamento dos impostos
- a reforma dos juízes aos 60 anos, devido às condições de extrema penosidade física do exercício da sua profissão, só comparável à dos mineiros de Aljustrel, e
- havendo eleições, Garcia Pereira é candidato.
Verdades simples e confiáveis que explicam em boa parte o sucesso e vetustez da lusa nação
Acabei de ouvir na telefonia (é, eu gosto da palavra telefonia) que Garcia Pereira não é candidato às eleições presidenciais. É o choque. Ainda estou arrepiado.
É triste quando vemos um penedo de coerência aburguesar-se de tanto andar de sapato de vela e corta vento. É todo um mundo que desmorona e se esboroa.
Já nada é seguro nesta vida onde a perenidade deu lugar à angústia da permanente mudança.
E o amanhã, o que nos reserva? Alguma descida de impostos, não? Ou pior: o seu uso parcimonioso e ao serviço de bem comum. 
Era só o que nos faltava, safa.