25 fevereiro 2008

Come closer


Come closer:
tie your nuts,
squeeze your springs,
screw your bolts,
read the fine print,
lighten up.

22 fevereiro 2008

The DJ is in da house

mar de lessa.mp3

Nitidamente enferrujado, mas estou de volta às loops e mixes.

The DJ is back in da house...eheheheh

18 fevereiro 2008

DJ Jacaré

Ale by Alo.mp3

Os computadores têm certas necessidades. Convém fazer uma limpeza períódica do lixo que neles se vai acumulando. É como ter um enorme sótão virtual onde se vão acumulando o pó e as recordações das viagens.

Desleixado que sou, porém, são muito pouco frequentes essas limpezas, pelo que, sempre que encho o peito e deito a mão ao espanador digital, é como fazer uma "trip down memory lane".

Raramente limpo mais do que meia dúzia de ficheiros, pois rapidamente fico a pasmar, incrédulo, perante as coisas que fui fazendo ao longo dos anos.

Hoje tropecei nisto.

Apesar de da música não saber mais do que carregar no botão do "play", em Dezembro de 2004, com recurso a um programinha de computador, perdi horas insanas a colar os sound bytes da obra prima que, muito pintas, chamei "Ale by Alo".

Maravilhado, perante o resultado final, em delírio (certamente alguma febre), achei que o próximo passo seria, no mínimo, a MTV, seguida de uma vida delicodoce, suportada pelos direitos de autor que fariam jorrar na minha conta bancária sucessivas ondas de dinheiro.

A mix tinha o propósito de homenagear alguém de forma original e arrasadora. O objecto da homenagem, felizmente, não ligou pevide, poupando a MTV, o mundo e, principalmente, eu próprio, a muitas figuras tristes, obrigado!

Não obstante isso, ficou para minha diversão e memória pessoal.

E para perceber que a motivação é mesmo a alavanca do mundo.

É só clicar no play e conferir.

13 fevereiro 2008

De volta aos Falcões e aos Mandrakes

Pessoa culta e bem formada, leitora inveterada, deu-me conta, recentemente, da sua aversão à Banda Desenhada. Que gostava da leitura pura e dura, com palavras e letras alinhadas na devida e competente ordem, sem outras distracções que não fossem as incontornáveis "viragens de página". E a Banda Desenhada estava nos antípodas desse seu gosto, porque era uma arte desorganizada: quadro acima, quadro abaixo; onamatopeias e balões; tudo em grande e aflitiva desordem. O mais das vezes, fruto dessa misturada, acabava por ler os diálogos do fim para o princípio e isso não lhe servia.
Fez-me uma grande impressão essa confissão.
Eu, à minha conta, devo ter devorado milhares de Falcões, Mundos de Aventuras e quejandos. E lembro-me perfeitamente como tudo começou:
Pelos meus 4 ou 5 anos, largado nas minhas deambulação pela casa da minha avó, cheirando aqui espreitando acolá, descobri, no quarto dos meus tios moços, um baú de generosas dimensões, tão carcomido pelo bicho, que, apesar de aferrolhado, permitia aberturas onde cabiam à justa as minhas mãos e braços de cachopo, que, ao longo de alguns anos foram apalpando e retirando, à sorte, mirabolantes aventuras de Fantasmas, Principes Valentes, Tarzans, Kalares, Ric Ochetes, Majores Alvegas, Robins dos Bosques, Mandrakes, Sandores, Buffalos Bills e tantos, tantos outros.
De cada vez que enfiava a mão naquele buraco do baú, o tempo parava e, qual Xavier de Maistre, à roda daquele quarto, viajava aos confins do espaço sideral com o meu parceiro Rick Random. Em menos de um fósforo, passava à selva impenetrável, muito camarada com Kalar, para, no final da tarde me dedicar a por as Antilhas a ferro e fogo com a ajuda de Sandor, o Corsário.
Durante anos carreguei pilhas de revistas, muito surradas, emprestadas por malta amiga, e que circulavam de casa em casa, sem nunca se ter sabido muito bem qual era a sua origem ou dono, pois não havia memória de alguém, alguma vez, ter comprado uma revista sequer. Eu, por mim, nunca gastei um tostão.
Sei que, não fosse a BD, hoje seria pessoa diferente. Melhor ou pior, não sei. Mas diferente, seguramente. Daí a minha perplexidade.
Desgraçadamente, dos milhares, sobrou-me apenas esse Falcão aí de cima. Pena!

09 fevereiro 2008

Heroes

Podemos ser heróis, nem que seja só por um dia.

O Bowie, nesta, é bom, porra. E a guitarrista careca é intrigante qb.

04 fevereiro 2008

Natividade

Ninguém diz "caralho" e "foda-se" com tanto encanto como ela.
Nas circunstâncias adequadas, até o vernáculo soa a soneto.