De ALFÁNDEGA DA FÉ regressa-se com a sensação agradável de que uma parte do país ainda pode dar certo.
Mentiras, ora vibrantes ora piedosas, sobre viagens nunca feitas, em universos paralelos e outros locais manhosos e mal iluminados.
28 maio 2005
18 maio 2005
Acabou o sossego em Lamego
Em Lamego, acabou o sossego!
O pároco de Balsemão, criatura de natureza distraída, avessa à concentração, ao entrar num vão de escada, enrodilhou-se na espada, foi de rostilhão e espalhou-se no sobrado.
Ao cair desamparado, a cabeça, sem firmeza, rebentou o corrimão. Ficou logo desmaiado.
Que viagens fez não sei, enquanto esteve desacordado. Caso é que o cura de Balsemão, depois do trambolhão, acordou convertido ao Islão.
O farsante do pastor, alardeando cinismo, por meio litro de cevada e um chapéu de lavrador renegou o Catecismo. É vê-lo! Dá vivas à Mafoma e reza a missa de Domingo abençoando o comunismo.
Está armada grande bernarda! Chamou-se a tropa da Guarda e o abade, com desfaçatez, agora só fala inglês e prefere ensopado de borrêgo, que, diga-se não é lá grande coisa em Lamego.
15 maio 2005
Praia da Costa Nova
Ainda que tivesse a forma de uma bossa, não seria um camelo. Nem a areia um Sahara.
Seria uma praia musical, tipo Bossa Nova anormal. Um trópico fora de latitude, um desvio meteorológico.
Assim, é só Costa Nova, praia onde se aconselha saia, de preferência em cambraia.
Não fosse o vento, teria mangueiras e bancos de cimento.