Mentiras, ora vibrantes ora piedosas, sobre viagens nunca feitas, em universos paralelos e outros locais manhosos e mal iluminados.
08 maio 2007
02 maio 2007
Um ano não são 365 dias.
Um mover d'olhos, brando e piadoso,
sem ver de quê; um riso brando e honesto,
quase forçado; um doce e humilde gesto,
de qualquer alegria duvidoso;
um despejo quieto e vergonhoso;
um repouso gravíssimo e modesto;
uma pura bondade, manifesto
indício da alma, limpo e gracioso;
um encolhido ousar; uma brandura;
um medo sem ter culpa; um ar sereno;
um longo e obediente sofrimento;
esta foi a celeste fermosura
da minha Circe, e o mágico veneno
que pode transformar meu pensamento
adaptando Camões... num ano não acho uma hora
Subscrever:
Mensagens (Atom)