Mentiras, ora vibrantes ora piedosas, sobre viagens nunca feitas, em universos paralelos e outros locais manhosos e mal iluminados.
23 dezembro 2010
14 dezembro 2010
30 novembro 2010
19 novembro 2010
Já nem em Garcia Pereira podemos confiar.
Ele há coisas que os portugueses sempre consideraram garantidas:
- a morte
- os impostos
- o esbanjamento dos impostos
- a reforma dos juízes aos 60 anos, devido às condições de extrema penosidade física do exercício da sua profissão, só comparável à dos mineiros de Aljustrel, e
- havendo eleições, Garcia Pereira é candidato.
Verdades simples e confiáveis que explicam em boa parte o sucesso e vetustez da lusa nação
Acabei de ouvir na telefonia (é, eu gosto da palavra telefonia) que Garcia Pereira não é candidato às eleições presidenciais. É o choque. Ainda estou arrepiado.
É triste quando vemos um penedo de coerência aburguesar-se de tanto andar de sapato de vela e corta vento. É todo um mundo que desmorona e se esboroa.
Já nada é seguro nesta vida onde a perenidade deu lugar à angústia da permanente mudança.
E o amanhã, o que nos reserva? Alguma descida de impostos, não? Ou pior: o seu uso parcimonioso e ao serviço de bem comum.
Era só o que nos faltava, safa.
15 novembro 2010
13 novembro 2010
09 novembro 2010
08 novembro 2010
06 novembro 2010
05 novembro 2010
04 novembro 2010
São Cavaco
Depois de ter chumbado Fernando Nobre nas (m)orais, a Santa Sé aceitou iniciar o processo de beatificação de Cavaco Silva, pelo milagre de ter salvo Portugal de estar muito pior agora, se não fosse ele. Carlos Beato, presidente da Câmara de Grândola é o advogado da causa.
03 novembro 2010
Novas fronteiras
Uma errata de 831 milhões? Quando se pensava que já não era possível ir mais longe, o (des)Governo alarga os limites do ridículo e da incompetência até à estratosfera. Teme-se que as fronteiras do sistema solar sejam quebradas ainda durante o debate orçamental de hoje.
02 novembro 2010
31 outubro 2010
Megafone
Eu conhecia o músico João Aguardela de ser a alma mater dos Sitiados, cuja música nunca me disse grande coisa.
O que eu não conhecia (shame on me) era o seu projecto Megafone. A sugestão chegou-me, por portas travessas, vinda do estrangeiro, esse lugar mítico. E é uma pena que só agora tenha chegado.
O sor Aguardela pegou nas recolhas de música tradicional portuguesa de Michel Giacometti e José Alberto Sardinha e embrulhou-as com papel da vanguarda.
O homem morreu precocemente, mas o músico, tendo ido lá atrás, colocou-se muito lá na frente.
Ora oiçam este exemplar:
Real - João Aguardela - Megafone III . ed Pérola Negra 2001
30 outubro 2010
Condenados
Acabei de ver na SIC Notícias o documentário "Condenados"
É impressionante, acreditem.
Duas notas de síntese:
Os meus respeitos a Sofia Pinto Coelho.
É impressionante, acreditem.
Duas notas de síntese:
1 - Devemos ter medo, muito medo, da justiça criminal portuguesa, pela sua aleatoriedade. Ser absolvido ou condenado resulta de uma lotaria testemunhal e não de qualquer apuramento rigoroso da verdade material. É um atraso civilizacional desesperante.
2 - Ainda há dois ou três jornalistas a sério e esporadicamente a TV ainda vale a pena.Os meus respeitos a Sofia Pinto Coelho.
29 outubro 2010
Cuidado: túnel.
27 outubro 2010
The Budget Situation explicada às massas
Quem nunca foi abordado na rua por drogados a pedir 1€ para uma sopa, que não comem há não sei quantos dias?
Quem largar a moeda, sabe que o destino do dinheiro é o sustento do vício e que nunca qualquer euro angariado será para proverbial sopa. É só o tempo de juntar os crédulos suficientes para correr em busca da nova trip nos Lagarteiros deste mundo.
Sei que são pessoas doentes, sem qualquer livre arbítrio, escravas do seu vício, mas as coisas são como são e essa é a realidade.
A modos que o Orçamento de 2011 é como se dois drogados (José e Fernando), um de Castelo Branco e outro da Maia, muito violentos, a espumar da boca e com facalhões na mão, abordassem os portugueses na rua pedindo-lhes dinheiro, muito dinheiro, uma enormidade de dinheiro, muito mais de sempre lhes foi dado no RSI (e que já não era pouco). O destino dessa taluda seria o salvamento de Portugal (e o nosso avançado Estado Social), ameaçado por umas pessoas muito más, de fora, que já estão salivar a antecipar a partilha dos despojos lusos.
Pois bem, tal como os drogados, também o povo socialista já demonstrou sobejamente o quanto é escravo do seu vício. Gosta de coisas caras, espalhafato, tainadas com amigalhaços (é muito amigo do seu amigo), festas e cortes, e é impulsionado por uma perene e obessessiva ambição de ascensão social. Ou seja, também, como o ordinário drogado não possui qualquer livre arbítrio. E todo e qualquer dinheiro que lhes seja concedido a mais, não será para salvar coisa nenhuma, mas antes para continuar a torrar no vício da despesa obscena e ostentatória. E, para pagar aos dealers que nos famosos mercados internacionais, lhes alimentam a dependência.
O Orçamento de 2011 será como deitar dinheiro pela janela fora, com a agravante de que um dia destes nem comem eles as sopa nem comemos nós.
Não haver Orçamento, bem vistas as coisas, seria para todos nós, vítimas de bullying do José e do Fernando, uma benção e podia significar a chegada da polícia (FMI) para restaurar a ordem pública e....a famosa ética republicana.
26 outubro 2010
23 outubro 2010
O Apocalipse
15 setembro 2010
Barrios de Luna
15 junho 2010
CSI Lisbon
A gente ouve e não acredita:
Então a Procuradoria Geral da República forma em Lisboa uma equipa especial - o CSI Lisbon - cheia de Cristiano Ronaldos de toga, chefiados pelo implacável e incorruptível Zorro, dedicados dia e noite a caçar os malandros do Apito Dourado; investigam sem olhar a gastos; escutam o próprio diabo no inferno; acusam o Pinto de Sousa de 144 crimes !!! (não é gralha, é mesmo uma grosa - 12 dúzias) e no final o tipo é absolvido de... tudo...(zerinho).... em 5 minutos?
Isso é que é olho, hein. Que seleção!
Além do facto de que o golpezinho associado à bola, que até faz parte do folclore próprio da actividade, apenas interessa ao doente da dita e não é prioridade de nenhuma investigação criminal séria, o que ressalta desta ópera bufa e cara é que alguém tirou o curso de Processo Penal nas Novas Oportunidades. Ou foi a Acusação ou o Tribunal..
Se fosse tourada, haveria corte de rabo e orelha e volta à arena.
(Não tenho a certeza mas provavelmente este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico. Quem perceber da poda que se atravesse.)
Então a Procuradoria Geral da República forma em Lisboa uma equipa especial - o CSI Lisbon - cheia de Cristiano Ronaldos de toga, chefiados pelo implacável e incorruptível Zorro, dedicados dia e noite a caçar os malandros do Apito Dourado; investigam sem olhar a gastos; escutam o próprio diabo no inferno; acusam o Pinto de Sousa de 144 crimes !!! (não é gralha, é mesmo uma grosa - 12 dúzias) e no final o tipo é absolvido de... tudo...(zerinho).... em 5 minutos?
Isso é que é olho, hein. Que seleção!
Além do facto de que o golpezinho associado à bola, que até faz parte do folclore próprio da actividade, apenas interessa ao doente da dita e não é prioridade de nenhuma investigação criminal séria, o que ressalta desta ópera bufa e cara é que alguém tirou o curso de Processo Penal nas Novas Oportunidades. Ou foi a Acusação ou o Tribunal..
Se fosse tourada, haveria corte de rabo e orelha e volta à arena.
(Não tenho a certeza mas provavelmente este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico. Quem perceber da poda que se atravesse.)
12 junho 2010
Apita o combóio
Vai um cristão, na boa, comendo demoradamente as curvas da Nacional 103, rente ao Tâmega e sente que algo não bate certo quando um carreiro de cabras, que bordeja o largo fluvial, pula para a margem contrária servindo-se despudoradamente de uma imponente ponte de cantaria, toda ela volutas e arquivoltas, com ar de ser ainda do tempo da realeza e de ter custado ao tesouro copiosa soma de contos de reis.
Está-se nesta estranheza e, comida outra dúzia de curvas, o mais natural é que não se encontre estacionada no jardim de uma vivenda, uma locomotiva a vapor Henshel Sohn, de 1925, devidamente atrelada do seu vagão da passageiros. Mas encontra-se.
Mau! Se me aparece uma placa a dizer "Tâmega Estação C.F." eu paro para tirar isso a limpo.
E ei-la. Não há como não parar.
Lembro-me então que a Linha de Caminho de Ferro do Corgo, prodígio da engenharia coeva, ligava Chaves à Régua, até que em 1990, o troço Vila Real-Chaves foi desactivado e votado criminosamente ao abandono. Quem se lembra dela, afiança que a viagem era inesquecível.
Tudo acaba então por se explicar:
- a vivenda...aliás, vivendas geminadas, lindíssimas, mais não eram do que a antiga estação do Tâmega, hoje propriedade privada;
- a ponte que serve o carreiro é uma antiga ponte ferroviária;
- e a locomotiva está lá porque o seu lugar é na estação, comme-il-faut.
E ainda bem que está lá, para nos fazer corar de vergonha e lembrar o quão parolos somos: queremos TGVs e não conseguimos sequer manter a merda de um combóio a ir a Chaves.
25 março 2010
Bruce Lee
Deixa-me ocupar-te
todas as terças-feiras
da próxima semana,
coisa pouca,
duas tardes e meia, se tanto.
O tempo de desenhar-te nas costas,
a traço fino, de feltro,
o golpe novo que aprendi
num filme do Bruce Lee.
Ou então, prender-te
por um breve instante,
que dure duas tardes e meia,
se tanto.
todas as terças-feiras
da próxima semana,
coisa pouca,
duas tardes e meia, se tanto.
O tempo de desenhar-te nas costas,
a traço fino, de feltro,
o golpe novo que aprendi
num filme do Bruce Lee.
Ou então, prender-te
por um breve instante,
que dure duas tardes e meia,
se tanto.
19 janeiro 2010
Ide-vos quilhar!
A todos aqueles que, tendo a desdita de me conhecer, tiveram a infeliz idéia de me cumprimentar pela passagem do meu aniversário natalício, uma palavra: Ide-vos quilhar! Queriam bolos, não?
Agora a sério: cambada de mandriões, sois todos uma corja de lacraus... mas sois a minha corja e isso emociona-me. Então, vá. Fiquem mais um bocadinho e bebam um copo de sumol, antes que acabe.
Agora a sério: cambada de mandriões, sois todos uma corja de lacraus... mas sois a minha corja e isso emociona-me. Então, vá. Fiquem mais um bocadinho e bebam um copo de sumol, antes que acabe.
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