31 outubro 2010

Megafone



Eu conhecia o músico João Aguardela de ser a alma mater dos Sitiados, cuja música nunca me disse grande coisa.
O que eu não conhecia (shame on me) era o seu projecto Megafone. A sugestão chegou-me, por portas travessas, vinda do estrangeiro, esse lugar mítico. E é uma pena que só agora tenha chegado.
O sor Aguardela pegou nas recolhas de música tradicional portuguesa de Michel Giacometti e José Alberto Sardinha e embrulhou-as com papel da vanguarda.
O homem morreu precocemente, mas o músico, tendo ido lá atrás, colocou-se muito lá na frente.
Ora oiçam este exemplar:


Real - João Aguardela - Megafone III . ed Pérola Negra 2001

Fiat Lux

30 outubro 2010

Condenados

Acabei de ver na SIC Notícias o documentário "Condenados"
É impressionante, acreditem.
Duas notas de síntese:
1 - Devemos ter medo, muito medo, da justiça criminal portuguesa, pela sua aleatoriedade. Ser absolvido ou condenado resulta de uma lotaria testemunhal e não de qualquer apuramento rigoroso da verdade material. É um  atraso civilizacional desesperante.
2 - Ainda há dois ou três jornalistas a sério e esporadicamente a TV ainda vale a pena.
Os meus respeitos a Sofia Pinto Coelho.

29 outubro 2010

Cuidado: túnel.



A Ascendi vai ser obrigada a colocar na A-41, nas entradas do concelho da Maia, sinais de entrada em túnel e de obrigação de circular com os médios ligados, devido à elevada densidade de pórticos de portagem aí existentes, só se voltando a ver a luz do dia com a entrada em Matosinhos.  

27 outubro 2010

The Budget Situation explicada às massas

Quem nunca foi abordado na rua por drogados a pedir 1€ para uma sopa, que não comem há não sei quantos dias?
Quem largar a moeda, sabe que o destino do dinheiro é o sustento do vício e que nunca qualquer euro angariado será para proverbial sopa. É só o tempo de juntar os crédulos suficientes para correr em busca da nova trip nos Lagarteiros deste mundo.
Sei que são pessoas doentes, sem qualquer livre arbítrio, escravas do seu vício, mas as coisas são como são e essa é a realidade.

A modos que o Orçamento de 2011 é como se dois drogados (José e Fernando), um de Castelo Branco e outro da Maia, muito violentos, a espumar da boca e com facalhões na mão, abordassem os portugueses na rua pedindo-lhes dinheiro, muito dinheiro, uma enormidade de dinheiro, muito mais de sempre lhes foi dado no RSI (e que já não era pouco). O destino dessa taluda seria o salvamento de Portugal (e o nosso avançado Estado Social), ameaçado por umas pessoas muito más, de fora, que já estão salivar a antecipar a partilha dos despojos lusos.

Pois bem, tal como os drogados, também o povo socialista já demonstrou sobejamente o quanto é escravo do seu vício. Gosta de coisas caras, espalhafato, tainadas com amigalhaços (é muito amigo do seu amigo), festas e cortes, e é impulsionado por uma perene e obessessiva ambição de ascensão social. Ou seja, também, como o ordinário drogado não possui qualquer livre arbítrio. E todo e qualquer dinheiro que lhes seja concedido a mais, não será para salvar coisa nenhuma, mas antes para continuar a torrar no vício da despesa obscena e ostentatória. E, para pagar aos dealers que nos famosos mercados internacionais, lhes alimentam a dependência.

O Orçamento de 2011 será como deitar dinheiro pela janela fora, com a agravante de que um dia destes nem comem eles as sopa nem comemos nós.

Não haver Orçamento, bem vistas as coisas, seria para todos nós, vítimas de bullying do José e do Fernando, uma benção e podia significar a chegada da polícia (FMI) para restaurar a ordem pública e....a famosa ética republicana.

23 outubro 2010

O Apocalipse


Tirei esta fotografia em 6/02/2005. Na altura, ri-me com superioridade daquele ameaçador anúncio do apocalipse. 14 dias depois Sócrates ganhou as eleições, com maioria absolutíssima.
Devíamos estar mais atentos aos avisos e sinais que o universo nos manda...mesmo que contenham erros ortográficos.