08 junho 2009

Subsídios à compreeensão da natureza humana - a mulher madura

Cara…
de anjo mau,
Respondo-te por esta via ao desafio lançado, que eu não sou de virar a cara à luta, graças a deus, e, aliás, até gosto do tema, palavra de honra.
Faço previamente uma confisão envergonhada, que é um modo de falar, porque a falta de vergonha abunda em mim, e me tem, até, causado algumas maçadas, que não vêm aqui ao caso, mas que não quis deixar de mencionar. A dita confissão, antes que me esqueça, é que eu não consegui passar do 3º slide, não porque não estivesse tudo muito bonito, mas porque eu tenho um defice de atenção muito grande, que até ando a tomar umas pastilhas que um amigo me aconselhou e que sabem muito a alho; são umas amarelas, não sei se sabes, e custam um dinheirão, razão porque desisti de as tomar.
Acontece que achei um exagero a quantidade de comparações. Aquilo bastava-se com 3 ou 4 bem esgalhadas e ficava-se com aquela singeleza bonita, que facilmente conquista, como vem nos manuais da publicidade. Assim fica-se com a sensação que ou a aquilo foi feito por um individuo que foi apanhado na badalhoquice com uma catraia nova e agora precisa de se limpar perante a mulher, ou então por alguma matrafona em processo de auto-ajuda que acha que uma mentira repetida mil vezes se torna verdade. Infelizmente não torna.
No entanto, não tendo passado do 3º slide, ainda assim, fazendo jus à inteligência que me achas, percebi a ideia e tendo a concordar com ela, tendência que, porém, não é acrítica, nem contempla generalizações fáceis, tentação que caímos demasiadas vezes, com evidente prejuízo para a compreensão das ideias gerais.
Sucede que eu mesmo experimento uma inclinação, diria quase preferência, para as mulheres maduras, que, não obstante, não devem ser confundidas com mulheres velhas. Tenho dedicado algum estudo à matéria e julgo estar em posição priveligiada para poder sintetizar duas a ordens de razões para essa minha tendência:

1º pela facilidade de explanação e compreensão das coisas: tendo acumulado alguma experiência, à mulher madura é mais fácil explicar-lhe as vicissitudes e complexidades da natureza humana. O que antes se limitava às cores básicas, na mulher madura (a verdadeira) abre-se agora numa miríade de matizes e tons, muitos deles não perceptiveis ao olho humano e que só alcançam de olhos fechados, como está bom de ver.

2º há-as muito bonitas e boas: como que iluminadas pela luz do fim da tarde, que, diga-se, é a minha preferida em matéria de retratos.

Resumindo, eu diria que concordo até certo ponto, que é uma maneira de dizer que não concordo generalizadamente.
Sei, isso sim, que pelos meus padrões as mulheres tornam-se interessantes aos trinta e pouco e um punhado resiste até bem tarde.
A comparação, faço-a apenas para benefício de ilustração: os carros, estás a ver? Com o tempo, uns tornam-se carros velhos. Outros, apenas alguns, não se sabe muito bem porquê, tornam-se valiosissimos clássicos.

As mulheres eu gosto delas com classe. Se me perguntas o que é uma mulher com classe, eu não sei. Mas sei reconhecer uma. Ah se sei! E isso é o que verdadeiramente me interessa.

Últimamente dá-me ganas de beijar uma que eu cá sei.

Beijo do
A

1 comentário:

Marta Furtado disse...

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