18 outubro 2007

E a Deborah? Kerr um beijo até à eternidade?

Morreu!
Certas mulheres não deviam morrer. Nem envelhecer sequer.
Porquê? Porque dão bons ares, arejam a nossa existência. Tiram o mofo.
No início da sua carreira, Deborah Kerr era conhecida como a "virgem inglesa", pelos seus recorrentes papeis de dama pudica e incorrupta (e, diga-se, interessante como uma lobotomia).
Tudo mudou com o clássico "Até à eternidade". Representou a adúltera Mrs. Holmes, ardente e enigmática, que numa cena antológica (ver aqui) , com o mar a fazer chuáaaaa, ferra no Burt Lancaster o beijo de uma vida.
Burt, onde quer que esteja, passados 54 anos, ainda hoje deve estar a lamber os beiços.
Macho que é macho e nunca replicou ou sonhou com cenário semelhante, precisa de mandar reavaliar a sua macheza.
Porque será que as adúlteras são tão fascinantes?
Nunca ganhou o Oscar. Ou seja, quem perdeu foi o Oscar.

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