Lê-se nos jornais de hoje que o general José Maria de Vasconcelos vai ser reconduzido como Chefe do Estado Maior General das Forças de Defesa de Timor-Leste.
Não é uma notícia interessante, mas é o introito ideal para uma reflexão. Inútil, mas, ainda assim, uma reflexão.
Apesar da ausência de evidências científicas, suspeito que existe um determinismo onomástico. Trocado por miúdos: será que aquilo que somos depende do nome com nos ferram à nascença?
A crer nalguns indícios, palpita-me que sim.
Os brasileiros são um povo alegre e criativo porque, na feliz hora, se esforçam denodadamente por encontrar para os seus filhos aqueles nomes do arco da velha.
Os petizes Deivison, Leydjane, Neudemir, Daiana e Edcarlos, crescendo, só podem tornar-se uns tipos divertidos e amigos da borga. Não têm alternativa. Ficou escrito que assim seria no momento em que o assento de nascimento foi lavrado. O nome marcou o destino.
E não é possível mudar o destino? É. Basta escolher outro nome.
É aqui que entra o exemplo do general José Maria.
O seu nome, apesar de simpático, é bucólico e mais propício uma vida reservada. Seria talvez um competente funileiro ou amanuense da Câmara. Nunca, mas nunca, conseguiria ser um guerrilheiro nas montanhas de Lorosae. Conseguem imaginar? Jose Maria, guerrilheiro.Não bate a bota com a perdigota, pois não?
Agora experimentem: Taur Matan Ruak, guerrilheiro.Tudo, de repente, se harmoniza.
O, agora general, José Maria mudou o seu destino, quando, no café, se virou para os seus amigos e sentenciou: - A partir de hoje, chamem-me Taur Matan Ruak!
Não sei se levou muito tempo a escolher, mas acertou em cheio, caramba Sinceramente, digo com inveja, é um nome que eu me desunharia para ter. Ainda não ouvi outro com mais pinta.
Vou mudar o meu: a partir de hoje chamem-me Jalvar Grom Kur...nãaaa....Trim Jord Palter...nãaa. Eu gostava era de Taur Matan Ruak.
Ok, para já fica como está. Não se pode ser displicente com o destino.
Mas não descansarei até achar o adequado.
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